Congregados marianos se reúnem em Piraí
Dom Sergio abençoou e instituiu novos associados
20.06.2023 - 20:15:10

Congregações Marianas são associações
religiosas públicas que estão espalhadas por todo o mundo. São divididas
em federações. No Brasil, existem desde 1584, agregadas à Congregação Prima
Primária de Roma. Na Diocese de Ponta Grossa, a federação conta com oito
congregações, em cinco cidades: Castro, Piraí do Sul, Ipiranga, Irati e
Telêmaco Borba. No último domingo, 150 representantes das congregações
diocesanas e também de Prudentópolis e Cascavel se reuniram na Capela Divino
Espírito Santo, no Bairro Piraí-Mirim, em Piraí do Sul, para seu encontro
anual. O bispo Dom Sergio Arthur Braschi celebrou a Santa Missa e abençoou e
instituiu sete novos congregados.
O encontro iniciou com a celebração, às 10
horas, na capela, sede da Congregação Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião, em
Piraí-Mirim, presidida pelo bispo e concelebrada pelo pároco da Paróquia Senhor
Menino Deus, padre Thiago Ingenchki. Durante a celebração, foram instituídas
sete pessoas como congregados definitivos e dois aspirantes. “A congregação
existe aqui em Piraí-Mirim há bem mais de 50 anos. “Piraí-Mirim é a maior
comunidade do interior, com perto de 300 famílias. Todas católicas. Aqui, não existe
gente de outra religião. Nos orgulhamos disso”, conta Francisco Machado
Carneiro, o seo Tito, coordenador da
capela e vice-presidente da congregação. Segundo o coordenador, antes da
pandemia, os congregados se reuniam uma vez por ano. “Agora, conversando com um
amigo de Castro, também congregado, sugeri que voltássemos a fazer o encontro e
me ofereci, inclusive, para oferecer o almoço. O pessoal da Federação falou com
o bispo e vieram para cá, no domingo. Foi uma missa muito bonita, muito linda.
O povo se animou”, destaca.
No encontro, de
acordo com Machado, estavam programados momentos de oração, de formação e de
planejamento. As atividades encerraram às 17 horas. Entre os novos congregados
estava um casal vindo de Cascavel. “Eles são de Piraí do Sul, mas foram morar
em Cascavel. Iniciaram a caminhada de formação aqui, por isso vieram para cá
para serem instituídos”, relata, citando que são três níveis de fita que os
congregados recebem, em um processo que pode demorar dois anos. Em sua rotina,
os congregados marianos se reúnem uma vez por mês para rezar o rosário,
servindo também na igreja, nos trabalhos pastorais.
Pela Diocese,
existem ainda as congregações Nossa Senhora do Rosário e São Luiz Gonzaga
(Castro), Imaculada Conceição (Ipiranga), Imaculada Conceição e São Luiz
Gonzaga (Irati), Nossa Senhora das Brotas (Piraí do Sul) e Nossa Senhora
Aparecida e de Nossa Senhora de Fátima (Telêmaco Borba). Conforme Tito Machado,
estima-se que sejam perto de 40 congregados em Telêmaco, aproximadamente 50 em
Piraí-Mirim, mais 30 na cidade de Piraí do Sul e cerca de 20 em Ipiranga. Em
setembro, dias 7,8 e 9, haverá um encontro das federações do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, em Telêmaco Borba. O encontro da federação
paranaense de 2024 será em Cascavel.
História
As Congregações Marianas
tiveram início em 1563, quando o jesuíta padre Jean Leunis começou, entre os
alunos do Colégio Romano, em Roma, um sodalício cujos membros se distinguiam
por uma vida cristã e mariana fervorosa e pela prática de diversas formas
de apostolado. Enquanto as Congregações Marianas se espalhavam rapidamente pelo
mundo, sobretudo nos Colégios da Companhia de Jesus, a Congregação Mariana do
Colégio Romano foi erigida canonicamente, em 1584, pela Bula “Omnipotentis
Dei”, do Papa Gregório XIII, com o título de Prima Primaria. A ela passaram a
ser agregadas até 1967, as diversas Congregações de todas as partes do mundo.
No Brasil, as Congregações Marianas
existiram no período colonial, sobretudo nos Colégios da Companhia de
Jesus e praticamente desapareceram com a expulsão dos jesuítas, em 1759. Em
1870, foi fundada novamente uma Congregação Mariana, agregada à Prima Primária,
em Itu, São Paulo, e, a partir de então, tiveram elas notável crescimento
em todo o País, quer em paróquias ou em outros ambientes. Em 1927, iniciou-se o
movimento federativo com a primeira Federação Estadual, em São Paulo. Em
1937, criou-se a Confederação Nacional com sede no Rio de Janeiro. Foi o
Brasil, nesta época, o líder, em todo o mundo, no número e crescimento de
Congregações e Congregados.
A denominação ‘congregação’ deve-se por ser uma associação pública de fiéis
leigos, livremente unidos para viverem e crescerem na vida cristã, de acordo
com uma Regra de Vida, e realizarem um trabalho apostólico em plena obediência
e sintonia com a Autoridade Eclesiástica, em espírito de união e docilidade ao
Magistério da Igreja. É ‘mariana’
porque seus membros a ela se vinculam por um compromisso público: a consagração
a Nossa Senhora.