Encontros têm número recorde de catequistas
Foram oito formações setoriais de março a julho
05.07.2023 - 17:49:40

A Diocese de Ponta Grossa conta atualmente com 4.002 catequistas. Cerca de 70% deles, ou, 2.623 pessoas, participaram dos encontros setoriais, iniciados em março, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Castro, e concluídos no último sábado (2), na Paróquia São Cristóvão, em Ponta Grossa. O envolvimento dos agentes surpreendeu a equipe de coordenação diocesana da Pastoral de Animação Bíblico-Catequética. Somente em um encontro, em abril, foram 464 catequistas. Na Paróquia São José, de Imbaú, estiveram reunidos representantes de todo o Setor 8: Reserva, Ortigueira, Telêmaco Borba, Tibagi, além dos anfitriões.
A coordenadora diocesana da Pastoral, Flávia Carla Nascimento, comemora o
percentual de catequistas nas formações. “Foi o ano com maior participação em
todos os setores. Tivemos encontros setoriais com número recorde de
participantes. Foi um momento bem forte. Geralmente, atingimos 50% de participação.
Esses 70% que foram se mostram bem engajados com o serviço na Igreja”, analisa
Flávia, citando que é muito importante valorizar os que foram, os que se
envolvem ativamente nos encontros.
Ana Cristina Buss Wisbiski é catequista do Terceiro Tempo na Paróquia Espírito
Santo. Se aproximando dos 23 anos na Catequese, Ana diz que ama sua missão. “É
muito importante. Tenho a oportunidade de estar com os catequizandos, com as
famílias, os levando para Jesus cada vez mais. A formação é fundamental para nossa
espiritualidade; o conhecimento de tudo o que temos que passar nos fortalece”,
garante. Ela que já fez Escola Catequética com a equipe diocesana afirma que a
formação traz segurança. “Me completou como pessoa, como catequista, como
missionária que todos nós somos, como cristã. Vale a pena. Cada um teria que
ter essa oportunidade, depois do seu ‘sim’, para caminhar na Catequese e nas
outras pastorais”, acrescenta.
Catequista da Paróquia Nossa Senhora da Saúde há um ano e meio, Maura Muller,
se considera uma novata, “mas com o coração aberto porque a Catequese, o ser
catequista, o atender esse chamado, é uma caminhada que a gente precisa dedicar
do nosso tempo e buscar cada vez o caminhar junto com o Cristo para poder
passar isso da melhor forma possível aos nossos catequizandos”, justifica.
Feliz e comovida, Maura se sente muito especial para Deus. “Por Ele ter me
chamado. E fico sempre encantada por cada vez mais poder falar para os
pequenos, a importância de ter um grande amigo como Jesus Cristo nas suas
vidas”, ressalta a catequista que acompanha as crianças do Primeiro Tempo. “A
formação ajuda demais. Se se colocar sozinho fica difícil nessa missão”,
complementa.
Rafaela Nogueira dos Santos Carlos, da Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro,
do Núcleo Santa Maria, é catequista há quase dez anos. Cuida este ano do Quinto
Tempo. “A parte lúdica que é trabalhada na formação é muito interessante. O
teórico trabalhamos diariamente. O lúdico, como eles mostram, nos ajuda muito,
é melhor. Também somos catequizandos. Aprendemos um pouco todos os dias, a cada
celebração, na homilia do padre...e levamos aos encontros. A formação diocesana
é maravilhosa! ”, elogia. Na matriz da Monte Claro, são 17 catequistas.
Há ainda oito comunidades na paróquia. “O meu lazer é estar servindo à Igreja,
à comunidade,.na paróquia”.
Encontros
Para Flávia Carla Nascimento é uma grande alegria esse serviço tão importante
dentro da Igreja, de lançar a semente da Palavra de Deus e fazer com que
crianças, adolescentes, jovens e adultos tenham esse encontro profundo com
Jesus e façam esse caminho realmente, de se tornarem discípulos missionários.
“Alegria ver os catequistas sedentos de formação, buscando conhecer,
aperfeiçoar o jeito de fazer Catequese, buscando caminhar em unidade,
especialmente. Esses encontros têm também esse fundo de buscar a compreensão de
que é preciso caminhar juntos, em sinodalidade, como a Igreja nos pede. Alegra
o coração ver os catequistas participando com todo o entusiasmo, os padres
acompanhando. Em todos os setores que passamos, os padres se fizeram presentes.
Mostra o apoio que dão”, argumenta.
Ao comentar os recursos utilizados nos encontros, a coordenadora cita que gosta
de usar de vários meios e instrumentos porque os catequistas se espelham no que
recebem nas formações. “Procuramos fazer uma formação bem dinamizada para eles
entenderem que com as crianças, com os adolescentes e jovens também precisam
fazer assim. Usamos de recursos para manter a atenção. O teatro é uma forma de
colocar todos da equipe participando, ajudando animando...fazendo com que os
catequistas participem, dar a oportunidade de estarem interagindo. É preciso
chegar ao coração do interlocutor, fazer com que o que está ouvindo também
participe. O catequista é figura chave. Tem que conhecer o conteúdo, a
metodologia, saber dos recursos e conhecer o seu interlocutor. Fazer com que o
momento se transforme em um momento com Cristo”, orienta Flávia.
“A Igreja nos está presenteando com o Ministério de Catequista, que vai exigir
um empenho redobrado na questão da formação. Peço encarecidamente aos que não
participaram, que não deixem de participar nas próximas formações, que vão às
formações paroquiais (elas) também (estão) no processo, no
esforço de oferecer formação. Participem! Sem formação não se consegue caminhar
em unidade e fazer o que nos está sendo proposto na Igreja do Brasil em relação
à Catequese”, convida.