Formação chega a conselheiros do Setor 4
Lideranças de sete paróquias participaram
09.04.2024 - 18:47:50

Uma tarde inteira repleta de informação. No sábado (6), foi a vez de 59 conselheiros vindos das sete paróquias que integram o Setor 4 participarem da formação promovida pelo Conselho de Animação Diocesana da Ação Evangelizadora (Cadae). Esse foi o terceiro encontro e aconteceu na Capela Nossa Senhora das Dores (Paróquia São João Paulo II), no Núcleo Santa Teresinha. As orientações foram repassadas pelo presidente do Conselho, padre Joel Nalepa, Edson Maschio, Irmã Edites Bet, Alzira Padilha e pelos seminaristas Jefferson Sanchez, João Rodrigues, Marcos Denck e Murilo Ratim. Padre Wagner Oliveira da Silva, como pároco anfitrião, deu as boas-vindas e acompanhou toda a formação.
A formação aborda cinco grandes temas, que são detalhados pela equipe do Cadae e seminaristas: síntese do Sínodo, conselhos pastorais, assembleia diocesana, Jubileu 2025 e centenário da Diocese. De início, as lideranças foram levadas a refletir sobre o Evangelho de São João (1,38), trecho que inspira o Plano de Pastoral Diocesano. “Temos todos um compromisso missionário. Assim como André encontra Jesus e leva os outros até Ele, falando do amor Dele, também nós precisamos levar mais pessoas ao encontro de Jesus”, convidou Edson Maschio.
Padre Joel comentou sobre o relatório apresentado na última assembleia no Vaticano a respeito do Sínodo, que tem 20 páginas e interpreta as principais questões levantadas durante todo o processo. “O Papa Francisco prorrogou esse caminho ao percebeu algumas coisas que teriam de ser aprofundadas. Por isso, surgiram três novas questões a mais para serem respondidas, tudo para reforçar que precisamos caminhar juntos, como batizados que somos. Somos a comunidade, somos a Igreja”, destacou. Padre Joel apresentou os principais pontos do relatório, em especial os que se referem a identidade da Igreja. “Igreja é missão. Como o Pai enviou Jesus, nós somos enviados. Nos comprometemos quando do nosso batismo, não apenas quando assumimos algum cargo na comunidade. Somos corresponsáveis. É uma consequência do nosso batismo”, frisou o sacerdote.
Ao falar sobre os fundamentos dos conselhos pastorais, padre Joel voltou a reforçar que todos os batizados são corresponsáveis pela missão, cada um de acordo com sua vocação. “Mas, é preciso entender as responsabilidades e as competências. Não é preciso ser o coordenador para assumir responsabilidades. As encíclicas citadas no relatório resgatam a corresponsabilidade como critério. A evangelização não é missão do padre ou do bispo, mas responsabilidade de todos. Sempre lembrando que a inspiração, a autoridade é a Palavra de Deus, que estimula, que ensina. Busquem força na Eucaristia, onde se celebra a fé, o centro da vida de fé”, destacou, citando a necessidade de se instituir os conselhos nas comunidades, como fontes de comunhão e participação. “Para articular a caminhada de toda a comunidade, ajudar quem já está (nos conselhos) e valorizar esse espaço”.
Foi detalhado, então, o funcionamento dos conselhos pastorais, com as definições, estrutura e atribuições previstas no Regimento Interno das Paróquias, que foi, inclusive, esmiuçado em um manual elaborado pela Cúria Diocesana. Com característica, os conselhos devem, sempre, agir pelo bem comum, se respaldar na corresponsabilidade e sinodalidade e trabalhar pela efetivação do Plano Diocesano de Ação Evangelizadora. O Plano foi abordado pela Irmã Edites, relatando sua importância – como caminho a ser feito pelo Povo de Deus, sob luz divina – e história. “Cada Diocese, obedecendo orientação do Papa, da CNBB, elabora seu plano, tendo em vista a evangelização. Se oferece as diretrizes, fruto da Assembleia Diocesana. São as linhas de ação que todas as paróquias tem que seguir para elaborar um plano de evangelização vibrante”, orientou a religiosa.
Irmã Edites ainda lembrou a assembleia realizada para a elaboração do Plano de Pastoral 2019/2023 e a 15ª Assembleia Diocesana Avaliativa e Celebrativa, ocorrida em julho do ano passado, que analisou a caminhada das paróquias ante ao Plano Diocesano.
Comemorações
Os seminaristas Jefferson Sanchez, João Rodrigues, Marcos Denck e Murilo Ratim discorreram sobre os dois grandes momentos a serem celebrados pelos católicos nos próximos meses: o Jubileu 2025 e o centenário da Diocese. Sanchez começou contando a origem da palavra ‘jubileu’, seu significado na Antiguidade e sua assimilação pela Igreja, no ano de 1.300. “A palavra deriva do nome instrumento que se usava para indicar o seu início: o ‘yobel, o chifre do carneiro. O barulho ecoava para festejar uma data especial. Já indicava um momento de intimidade com o Senhor, voltado à oração”, lembrando que o Evangelho fala dele, ao se referir ao ‘ano da graça do Senhor’.
Inicialmente, os jubileus na Igreja eram festejados a cada ano. Depois, a cada 50 anos e, atualmente, a cada 25 anos. O seminarista citou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, realizado de 8 de dezembro de 2015, Festa da Imaculada Conceição, a 20 de novembro de 2016, Festa de Cristo Rei. Ano que vem, 2025, estaremos comemorando um jubileu ordinário, que tem como lema ‘Peregrinos da Esperança’. “Será um ano de oração, de intimidade, que nos convida a uma peregrinação, a mudarmos no jeito de ser, enquanto Igreja”, enfatizou Sanchez.
Ele explicou um a um os sinais do Jubileu 2025 (peregrinação à Basílica de São Pedro, em Roma, a profissão de fé, a reconciliação e a caridade). “As peregrinações poderão ser feitas também a outras grandes basílicas, santuários e catedrais, como foi em 2016. O Jubileu está intimamente ligado a porta santa, que fica fechada nesses 25 anos e será aberta em 2025. Não só passar como um ato físico, mas como sinal de fé. A profissão de fé quer promover a unidade. Não adianta fazer peregrinação, mas não viver isso como uma profissão de fé. É um convite à união. A reconciliação nos pede um olhar para nós mesmos e voltarmos para Deus, nos reconciliarmos com Ele, pedir perdão, nos colocando diante Dele. E a caridade é o que se espera como fruto de tudo isso, é o que se quer”, enumerou Sanchez. Quanto às peregrinações, o Vaticano deverá divulgar um calendário com sugestões de datas e grupos, em dezembro, dia 24.
João Rodrigues, Marcos Denck e Murilo Ratim contaram sobre os preparativos para a festa do centenário da Diocese, comemorado em maio de 2026. No entanto, os cem anos começam a ser lembrados este ano, com momentos de oração em todas as comunidades de todas as paróquias. A ideia é que sejam feitas Adorações no dia 10 de maio e, nas capelas onde não houver essa possibilidade, leitura orante ou a reza do Rosário. O momento vai se repetir em 2025.
Entre as atividades está o resgate da história das comunidades, com a atualização do que já foi contado no livro sobre os 50 anos da Diocese. O texto já vem sendo preparado por uma comissão. Lembrado ainda o slogan criado a partir de um trabalho desenvolvido pela Pastoral de Animação Bíblico Catequética, junto a catequistas, catequizandos e familiares (‘Diocese de Ponta Grossa, cem anos de vida e comunhão, esperança e missão’) e a identidade visual e o hino do centenário, que ainda estão sendo elaborados.
Na organização desta formação participam, ao todo, 15 pessoas, entre integrantes do Cadae e seminaristas. “Montamos também uma equipe para animar os encontros. Essas pessoas ajudam com a música e no âmbito da espiritualidade”, informou a secretária da Ação Evangelizadora, Irmã Romilda Martins Nascimento. As próximas formações serão realizadas no dia 13 de abril, Paróquia Imaculada Conceição (Setor 3); 20 de abril, Paróquia Perpétuo Socorro (Castro-Setor 5); 27 de abril, Paróquia Santo Antônio (Imbituva-Setor 6); dia 4 de maio, Paróquia São Miguel (Irati-Setor 7) e 18 de maio, Paróquia São José (Imbaú-Setor 8).