Formação quer impulsionar a missão
Ação católica na Guiné Bissau foi detalhada
01.08.2023 - 00:11:01

“A dimensão
missionária na Igreja é uma de suas raízes e o que mantém a Igreja em pé. Toda
a Diocese, paróquia, comunidade tem que ter a dimensão missionária no ordinário
e no extraordinário. Estamos aqui para dar esse impulso maior. Não implantar,
porque se há Igreja, há missão, mas, impulsionar acima de tudo”. Assim o
secretário executivo do Regional Sul 2, padre Valdecir Badzinski, resumiu a
formação que aconteceu este final de semana, na Paróquia Nossa Senhora de
Fátima, em Ponta Grossa. Padre Valdecir fez questão de frisar que a intenção
era conversar, dialogar, dar pistas de caminhada, de trabalho para que o
Conselho Missionário Paroquial desenvolva seu trabalho, “esse trabalho tão
bonito de evangelização, a partir da dimensão missionária”.
Na Diocese de Ponta
Grossa, a Nossa Senhora de Fátima ao lado da São Roque, em Ventania, são as
únicas paróquias que contam com o Comipa instituído. De acordo com o
pároco da Nossa Senhora de Fátima, padre Edemar de Souza, cada uma das 16 comunidades
têm um representante no Conselho Missionário, que é composto ainda pela
Missionária Serva do Espírito Santo, irmã Matilde Sacardo, pelo diácono Pedro
Lang e ele, como pároco. “Fico muito agradecido de termos o Comipa instituído
desde agosto do ano passado. Temos a alegria de termos aqui as Servas do
Espírito Santo, algumas delas já fizeram a experiência fora e, nós, Cavanis.
Isso facilita. A gente tem essa dimensão como congregação”, justifica padre
Edemar, lembrando que o Conselho se reúne uma vez por mês e seus
integrantes – mais catequistas, ministros, jovens – visitam mensalmente as
casas, nas tardes missionárias. “Temos um Comipa muito atuante e responsável
por levar essa dimensão missionária às comunidades. Esse encontro de hoje vai fortalecer
a missão na Igreja e na Diocese”, reforçou.
A formação a que padre
Edemar se referia reuniu, no sábado, padre Valdecir, diácono Pedro e a
coordenadora do Conselho Missionário Diocesano (Comidi), irmã Hermelinda
Ruschel, com os integrantes do Comipa das capelas Nossa Senhora da Luz, Nossa
Senhora de La Salete, Santa Isabel, Nossa Senhora do Carmo, Rainha da Paz, São
Vicente de Paulo, Nossa Senhora de Nazaré e Nossa Senhora das Graças O encontro
começou depois da missa das 18 horas, na Comunidade Nossa Senhora de Nazaré, no
Jardim Pontagrossense. No domingo, a formação foi na Matriz, com representantes
das comunidades São Francisco, Santa Teresinha, São João Batista, Santa
Bárbara, Nossa Senhora Aparecida, Senhor Bom Jesus, do Cambijú, e da Matriz.
A visita detalhou a Missão
Católica São Paulo VI, na Guiné Bissau, na África, que é mantida pelo Regional
Sul, a Igreja do Paraná.
Missionariedade
A Diocese de Ponta Grossa
tem na sua essência a missionariedade, enfatizou padre Valdecir, citando que
partiram daqui missionários para Lábrea, no Amazonas, dentro do Projeto
Igreja-Irmã, e também para a Guiné Bissau. “Dom Sergio é um grande incentivador
da dimensão missionária tanto na Diocese como fora dela. Nos Documentos da
Igreja, especialmente o de Aparecida, o Papa nos incentiva, assim como à igreja
da América Latina, a uma Igreja em articulações pastorais, mas tudo a partir da
dimensão missionária. A Paróquia de Ventania, está enviando, em breve, a
Luciane (Braciesiewrcz) que vai para a África. (É) uma paróquia
que tem um celeiro também missionário. Uma paróquia fazendo, inspira outra.
Convido a todos que potencializem a dimensão missionária da qual são
constituídas”, orientou.
Diácono Pedro Lang afirmou
que a Missão de São Paulo VI, na Guiné, é a missão de Deus. “Quem é o
missionário? É o que é enviado por uma Igreja para uma outra Igreja mas para
estar no meio do povo. E Quebo, que é aquela comunidade onde a Missão São Paulo
VI, a nossa missão, da nossa Igreja aqui do Paraná, está estabelecida, está no
meio daquele povo muçulmano. 90% são muçulmanos. Poucos são cristãos, menos
ainda batizados, mas se consideram já cristãos. Essa sensação de ter essa
grande oportunidade de ir em nome da Igreja é o que hoje fortalece, o que dá
para nós essa alegria de ser missionário, alguém que serve a Igreja”, explicou.
Pedro Lang e sua esposa, Salete, foram os primeiros a ir para Quebo, em 2011.