Iniciadas oficinas do projeto da Caritas ligado a Laudato si
Projeto Educação Ambiental atuando para Preservar a Casa Comum faz referência direta a encíclica
21.03.2023 - 17:57:24

Dado o pontapé
inicial do projeto da Caritas ligado ao Meio Ambiente, Gestão de Risco e
Emergências (Magre), que é uma das 12 áreas de atuação do organismo católico.
No sábado (18), no salão da Paróquia Santa Rita, uma oficina reuniu catequistas
das cinco paróquias envolvidas de Ponta Grossa na ação voltada à educação
ambiental e reciclagem como estratégias para combater o risco de alagamentos em
diferentes pontos de Ponta Grossa e de Castro. A oficina refletiu sobre a
encíclica Laudato si’, documento do Papa Francisco, publicado em maio de 2015,
que trata do cuidado com o meio ambiente e com todas as pessoas, a relação
entre Deus, os seres humanos e a Terra.
O nome do projeto - Educação Ambiental atuando para Preservar a Casa Comum –
faz referência direta ao subtítulo da encíclica, ‘Sobre o Cuidado da Casa
Comum’, seara justamente detalhada pelo assessor da oficina, o professor
universitário Mário Lopes, marista, catequista de adultos da Paróquia Imaculada
Conceição. Também na assessoria, sua esposa, Rita Lopes, igualmente marista,
catequista e professora. Professor Mário integra o Departamento de Geografia da
Universidade Estadual de Ponta Grossa. “O convidamos por ser uma pessoa
envolvida com a Igreja e envolvido com tema do meio ambiente. Veio como
voluntário”, argumentou a assistente social da Caritas, Érica Francine
Clarindo.
De acordo com Érica, a abordagem começou com uma motivação, depois, foi
apresentado um vídeo sobre a encíclica e desenvolvida uma dinâmica, com
perguntas a respeito da ação de cada um no mundo e na cidade, questões
vinculadas com o tema da encíclica. “Tivemos a participação de catequistas
representantes das cinco paróquias de Ponta Grossa que fazem parte do projeto.
Não no número que nós esperávamos; queríamos 80, vieram 30, mas, quem foi,
participou ativamente. Vimos que estão animadas com o projeto. Acredito que, na
terceira oficina, com os catequizandos, teremos muita coisa legal como
fechamento do projeto. Foi bem bacana”, avaliou a assistente social.
No calendário do projeto estão previstas oficinas ainda na Paróquia Nossa
Senhora do Rosário, em Castro, dia 25 deste mês. Em abril, começa o trabalho
específico por paróquia. No dia 15, às 14 horas; dia 29 de abril, na Paróquia
Nossa Senhora de Fátima, em Ponta Grossa, às 14 horas; dia 13 de maio, na
Paróquia São Sebastião, às 9 horas; dia 27, na Paróquia Nossa Senhora do Pilar;
dia 10 de junho, na Paróquia Santa Rita, às 15 horas; dia 24 de junho, na
Paróquia São Jorge, às 14 horas. No segundo semestre, as oficinas iniciam em
agosto, dia 12, às 14 horas, na Paróquia do Rosário, em Castro. Dia 26, será na
São Sebastião, às 9 horas. Em setembro, dia 2, na Santa Rita, às 15 horas; dia
23, na Paróquia São Jorge, às 14 horas. E, em outubro, dia 7, a oficina será na
Nossa Senhora do Pilar, ainda sem horário definido, e, dia 21, na Nossa Senhora
de Fátima, às 14 horas.
São sempre duas oficinas com catequistas e uma terceira com catequizandos do
Quarto Tempo. “Em conversa com a coordenação da Pastoral de Animação
Bíblica-Catequética, que é nossa parceira, a gente optou por trabalhar com
catequistas e catequizandos do Quarto Tempo porque eles também refletem sobre a
Criação, o cuidado da Casa Comum”, explicou Érica, citando que a primeira e
segunda oficinas são prioritariamente teóricas. “A terceira ainda não está definida
porque vai depender do que as catequistas vão planejar. A gente só vai saber
sobre a terceira, depois que acontecer a segunda. Cada paróquia vai planejar a
sua ação”, acrescentou.
Acompanharam também a oficina de sábado o vice-presidente da Caritas Diocesana, diácono Alcedir Monteiro Godoy e a assistente social voluntária, Bruna Suelen Camargo, que vai atuar junto ao Magre.
Motivação
A atuação junto ao Meio Ambiente, Gestão de Risco e Emergência da Caritas
promove ações de solidariedade nacionais e internacionais de atendimento a
comunidades afetadas por desastres socioambientais ou que estão em situação de
vulnerabilidade em áreas de risco. Em 2022, o campo foi colocado como
prioridade a nível diocesano e começou a ser conhecido mais a fundo para se
levantar de que forma especificamente deveria ser o trabalho. A partir de
informações da Defesa Civil, foram elencadas as ações do Projeto Educação
Ambiental atuando para Preservar a Casa Comum, que foi encaminhado ao Fundo
Nacional de Solidariedade, que o aprovou.
“Em uma reunião, em agosto, na Defesa Civil e no Corpo de Bombeiros, nos foi
explicado como funciona o socorro, o atendimento às áreas de risco, quando
chove e inunda tudo. Percebemos que tudo é bem organizado. A Defesa Civil nos
entregou um mapeamento das áreas de risco de Ponta Grossa, em que estão os
territórios de cinco paróquias: Santa Rita de Cássia, Nossa Senhora de Fátima,
Nossa Senhora do Pilar, São Jorge, São Sebastião, e de Castro, que fica na área
da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. A sugestão foi que a ação se desse por
intermédio da educação ambiental e também na formação dos núcleos da Defesa
Civil na comunidade, e, no encontro de locais, que, quando aconteçam essas
catástrofes, sejam pontos de apoio para a coleta de donativos. Os bombeiros não
têm estrutura para recolher alimentos. Neste sentido, a Caritas vai entrar em
contato com as paróquias e ver se há salões disponíveis. Mas, esse seria um
passo para o futuro”, detalhou a assistente social Érica Francine Clarindo.
Segundo a assistente social, o foco deste ano é conhecer as comunidades. O
projeto está orçado em R $11.500, recursos oriundos do Fundo Nacional de
Solidariedade. Calcula-se que mais de 100 crianças sejam envolvidas. O projeto
será desenvolvido de fevereiro a outubro. O auxílio técnico virá das parcerias
com grupos de escotismo e o curso de Geografia da Universidade Estadual de
Ponta Grossa.