Juventude Missionária do Paraná se reúne na Diocese

Curitiba, Londrina e Maringá participaram de encontro

     Um dos objetivos do encontro da Juventude Missionária do Paraná, realizado neste final de semana, no salão da Paróquia Bom Jesus, no Bairro de Uvaranas, em Ponta Grossa, foi reestruturar os grupos de jovens da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/Regional Sul 2. Além de ter representado um momento de retiro e formação, o encontro elencou, rezou e refletiu sobre as principais dificuldades dos grupos na presença do bispo Dom Bruno Elizeu Versari, do bispo emérito, Dom Sergio Arthur Braschi, padre secretário nacional, padre Genilson Sousa, secretário nacional em exercício da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, e do coordenador do Conselho Missionário Regional, José Donizete Duarte.

      Com a preparação a cargo do coordenador do Regional Sul 2 da Juventude Missionária, Diego Alves Ribeiro, e da coordenadora diocesana da Infância e Adolescência Missionária, Sueli Guimarães, o encontro contou ainda com a participação do padre Kleber Pacheco, coordenador do Setor Juventude do Regional Sul 2 e da Diocese, e padre José Nilson Santos, assessor do Conselho Missionário Diocesano (Comidi). “Nosso encontro também marcou os 20 anos da Juventude Missionária no Brasil e teve a fala, por vídeo, da nova coordenadora das Pontifícias Obras da Propagação da Fé, Rosangela dos Santos, missionária de Maria Xaveriana, que é de Londrina, mas está na África. Ela volta para cá em maio e, em junho, a Juventude Missionária”, contou Ribeiro, que é da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora e responde pela coordenação do movimento na Diocese de Ponta Grossa.

     “Falamos da importância dos jovens missionários no Brasil e fora dele. Refletimos sobre o que cada grupo de jovens está passando, segundo as quatro áreas integradas da Juventude Missionária: ver, iluminar/rezar pelos problemas observados, agir/procurar respostas, dinamizar soluções de maneira concreta, e, no final, o celebrar as conquistas do dia, o quanto de coisas boas conseguimos fazer. Passamos aos representantes das arquidioceses e dioceses essa metodologia, cada um pode partilhar suas impressões, estabelecemos objetivos a curto, médio e longo prazos para dioceses, arquidioceses e para o Regional, e, deliberamos sobre a necessidade de se criar um grupo de articulação para o Paraná”, detalhou Diego Ribeiro.   

     O bispo Dom Bruno Elizeu Versari esteve com os jovens por alguns momentos. “Quando trabalhamos a sinodalidade, o Papa Francisco insiste com os bispos para que ouçam. E assim tenho feito não só com a Juventude Missionária, mas com outros grupos de ação da Igreja. E os jovens missionários têm esse ímpeto de anunciar Jesus aos outros jovens, nos diferentes ambientes, na escola, na universidade, nos locais onde vivem. Serem anunciadores da Palavra de Deus, do Evangelho através do testemunho...isso é muito importante”, avaliou o bispo, que, durante sua passagem pelo encontro, aproveitou para responder alguns questionamentos dos participantes. “Sempre que podem querem fazer perguntas ao bispo. Isso gera uma proximidade. Acho muito importante porque estar perto deles faz a gente não perder a característica dos jovens, a linguagem, que é muito importante para a evangelização”, afirmou.
     Para Claudemar Batista Viana Júnior, da Arquidiocese de Maringá, que serve assessorando e ajudando grupos de jovens, participar do movimento é uma grande alegria, “especialmente, por poder proporcionar aos jovens esse caminho missionário da Igreja, fazer que tenham esse olhar para a dimensão missionária, para a evangelização. Através da Juventude Missionária eles começam a perceber como é evangelizar, como é levar Jesus, o que a Juventude Missionária faz com excelência. É o que mais motiva”, argumentou. Ele, que era coordenador regional da Juventude Missionária até o ano passado, garantiu que eventos como o que ocorreu em Ponta Grossa mantém a cultura do encontro. “É onde se consegue proporcionar aos jovens das nossas diversas dioceses a partilha de experiências, suas dificuldades, seus problemas. Quando a gente se junta, partilhamos tudo e, em união, buscamos resolver. Os encontros nos fortalecem espiritualmente e também como grupo, fazendo que sigamos perseverantes nesse nosso caminho”, enfatizou.

Juventude Missionária

      De acordo com o coordenador diocesano Diego Alves Ribeiro, os missionários começam, quase sempre, na Infância e Adolescência Missionária. “Eles se tornam jovens que querem continuar na missão. Os grupos ajudam em toda a paróquia, se autossustentam - fazem eventos, vendendo bolo, bombons, tortas - e também fazem visitas. Em abril, todos os grupos da Juventude Missionária farão uma ‘pastelada’ para arrecadar dinheiro para uma ação sem fronteiras das Pontifícias Obras. Metade do que conseguirem vai para lá e a outra fica na Diocese para ajudar os grupos. A data será definida pelas paróquias”, adiantou.

     No calendário de ações deste ano, em maio, dias 30 e 31 e em 1º de junho, está programado para acontecer o retiro diocesano voltado para todos os integrantes da Juventude Missionária e também para os que a querem conhecer. Em outubro, 18 e 19, deverá ser organizada uma missão em uma das paróquias da Diocese. O local ainda será definido. A nível regional, uma missão além fronteiras está prevista para São Pedro do Ivaí, em agosto. Ainda, Diego Ribeiro vai representar o estado na missão sem fronteiras, em Pernambuco, em julho.    

     Na Diocese de Ponta Grossa são 17 grupos da Juventude Missionária, cada um com, em média, dez ou 12 integrantes. Somente na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, a comunidade de Ribeiro, são cinco grupos. Podem participar pessoas a partir dos 14 anos e frequentadores do quarto e quinto tempo da Catequese. A periodicidade dos encontros é decidida nas paróquias. O bispo referencial da Juventude Missionária no Paraná é Dom Mário Spaki.