Luciane: ser missionário é desde o batismo
Processo de envio se estendeu por cinco anos
18.09.2023 - 23:32:21

“Ser missionário é desde o batismo.
Me considero missionária desde então”, afirma Luciane da Luz Bracisiewrcz, contando que percebeu a consciência missionária nas
Santas Missões Populares, que a Diocese promoveu em todas as paróquias, por
volta de 2007. Nessa época, ela participou de encontros e formações como
responsável por articular a missão na Paróquia São Roque. “Depois, vieram
encontros sob a coordenação da Diocese, idas de uma paróquia para outra, visita
às casas, mensalmente, encontro de oração...Assim foi crescendo o espírito
missionário”, argumenta.
Segundo Luciane, o desejo de participar da missão ad gentes nasceu
quando, em uma formação diocesana da Pastoral Catequética, o diácono Pedro Lang
e a esposa Salete, ao lado de Dom Sergio deram seus testemunhos. “Estavam
voltando naqueles dias da missão. Contaram o que acontecia, como era lá. Eu
ouvia e entendi a expressão ‘quando o coração arde, os pés precisam se por a
caminho’. Senti essa necessidade. Percebi que ali Deus me havia chamado.
Chegando na paróquia, fui conversar com o pároco como poderia fazer, porque não
foi falado como se devia proceder. O padre se informou, me passou os contatos e,
conversando, vi que me encaixaria na dimensão evangelização da missão. Tudo
levou cinco anos para se efetivar”, relembra.
Durante os
cinco anos, Luciane fez as formações que lhe foram solicitadas, presenciais e
online. Trabalhava ainda como assistente social da prefeitura e foi esperando
‘o tempo de Deus’. Em junho do ano passado, padre Valdecir Badzinski, irmã
Hermelinda Ruschel, Odaril José da Rosa, missionário leigo da Arquidiocese de
Curitiba; e, Sueli Guimarães, coordenadora diocesana da Infância e Adolescência
Missionária, vieram fazer formação missionária na
paróquia, justamente, por haver ali uma vocacionada a Quebo. “Batia a vontade
quando falavam da missão. Eu rezava e pedia para Deus. Perguntei ao padre
Valdecir e ele disse que haveria possibilidade de eu embarcar este ano. Surgiu,
então, um plano de demissão voluntária na prefeitura e eu entendi como sinal de
Deus. Saí da prefeitura com o objetivo de ir à missão, acreditando que, depois,
Deus iria prover o necessário. Minha família vinha sendo preparada nesses cinco
anos. Já vinham entendendo que não dependia só de mim, mas de Nosso Senhor.
Ficaram felizes, orgulhosos e seguiram comigo em oração. Agora, que vai
chegando a hora de se despedir, o coração vai ficando apertado. A gente sente o
quanto é importante ter uma família e uma família que entenda que se deve amar
a Deus sobre todas as coisas”.