Um momento para renovar o ânimo

Congresso diocesano reúne zeladores de capelinhas

     Um momento vivenciado dentro da espiritualidade mariana sob às luzes do contexto do terceiro Ano Vocacional: ‘Vocação: Graça e Missão/Corações ardentes, pés a caminho’. O Congresso Diocesano do Movimento das Capelinhas teve como testemunho e exemplo a própria Virgem Maria, que teve o coração ardente, os pés a caminho na evangelização. Nas palavras de padre Martinho Hartmann, coordenador diocesano da Pastoral Vocacional, assim foi conduzido o Congresso do Movimento das Capelinhas, realizado no último dia 10, no Salão de Pastoral da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Ponta Grossa.

     1020 pessoas estiveram juntas em uma programação que durou o dia todo. Na acolhida, padre Martinho, lembrou que o segundo Ano Vocacional, em 2003, refletia que o batismo é fonte de toda a vocação mas precisamos mergulhar para águas mais profundas. “Este ano, o terceiro Ano Vocacional nos diz que vocação é uma graça, uma missão, mas que, para nós cumprirmos a missão, é preciso ter o coração ardente e os pés a caminho. A vocação é um chamado e também uma resposta. Disponibilidade de ouvir e disponibilidade de responder. Que bom que você ouviu, respondeu com disponibilidade, com carinho, com amor a vocação a que Deus te chama, e, também, a missão de ser zelador e zeladora de capelinha. Que bom que ouviu o chamado e hoje está aqui”, dizia.  

     O Congresso reuniu zeladora (e)s de todas as paróquias da Diocese. “Vocação, graça e missão. E a missão da zeladora de capelinha é levar a capelinha às famílias, se colocar a caminho. Um dos objetivos quando da visita é rezar, incentivar, promover as vocações. Dentro desse contexto do terceiro ano vocacional, dentro da missão e espiritualidade próprias das zeladoras, quisemos refletir, junto com Nossa Senhora, a grande missionária do Pai. Que ela possa também, com o seu testemunho e intercessão, nos ajudar nessa bela missão, que possa levar esse povo a viver o tempo da graça de Deus e que seja uma renovação no ânimo e esperança de quem trabalha com as capelinhas”, ressaltava padre Martinho.

     O seminarista Antonio Carlos dos Santos Júnior, membro da Pastoral Vocacional, destacou que o Congresso celebrou o terceiro Ano Vocacional porque as zeladoras ajudam as vocações não só com orações, mas colaborando com os seminários e com vida religiosa. “Também quis (o Congresso) motivá-las a retomar as atividades pôs-pandemia, para que ajudem no serviço pastoral nas comunidades. As capelinhas são um dos meios mais efetivos de chegar às comunidades, às famílias das paróquias”, argumentou, citando que a motivação do Congresso vem dos próprios zeladores, que gostam dos encontros, dos momentos de formação e de oração. “É uma atividade diferente para esse grupo que é bastante numeroso. Nos pré-congressos (realizados nos oito setores da Diocese) já sentimos o desejo que tinham de se encontrar. Por outro lado, o Movimento das Capelinhas é vinculado a Pastoral Vocacional. Seus membros integram as equipes vocacionais, que estamos desejando, enquanto Pastoral Vocacional Diocesana, criar e fomentar nas paróquias”, explicou.

     Gislaine Rujinski, da Capela São Francisco, na Paróquia Nossa Senhora da Luz, de Irati, é zeladora há oito anos. Ela busca famílias para receber as capelinhas, as chamando para orações na igreja. “Temos o Santo Terço em maio e em outubro, as novenas de Natal...Vamos de casa em casa. Quem recebe a capelinha, aceita Nossa Senhora em casa, vai sendo convidado a voltar para a Igreja, a participar dos momentos da comunidade. A missa das zeladoras acontece sempre no primeiro domingo do mês. Chamamos todos para participar. Vamos nos envolvendo na comunidade”, detalhou. Animada, Gislaine afirmava que o Congresso foi muito grande, muito emocionante. De Irati, segundo ela, vieram quatro ônibus lotados de zeladores.

     O Congresso Diocesano do Movimento das Capelinhas é uma tradição. Acontece a cada dois ou três anos. Dentro do Ano Vocacional entendemos que era o momento oportuno. O que ocorre anualmente são encontros e formações paroquiais e setoriais.