A Paróquia Nossa Senhora dos Remédios de Tibagi foi criada em 16 de maio de 1846 e, atualmente, integra a Diocese de Ponta Grossa, sendo a paróquia com maior extensão territorial do Paraná, com cerca de 2.951,567 km² a circunscrição eclesial. A paróquia originou-se, ainda, sob a autoridade da Arquidiocese de São Paulo, tendo sua instalação apenas cinco anos mais tarde. Desde o começo da década de 1990, o clero diocesano administra a paróquia por meio de seus sacerdotes. A primeira manifestação da religiosidade católica neste solo de Tibagi se deu por meio de jesuítas espanhóis, os quais ergueram a Redução de São Miguel no lugar atualmente conhecido por «Igreja Velha» e nela permaneceram por mais de vinte anos. Os missionários evangelizaram os tupis presentes na região até 1632. Após, as terras tibagienses passaram para o domínio dos portugueses, tendo José Félix da Silva Passos adquirido as terras da Fazenda Fortaleza só em meados de 1788.A primeira Capela Na ausência de uma capela na localidade de Tibagi, os padres de Castro e de Ponta Grossa celebravam batizados e casamentos em oratórios particulares, atendendo as confissões dos fiéis e ungindo os enfermos por onde eles andavam em suas visitas rotineiras. Por sua vez, o povo fervorosamente ansiava por aquilo que se usou chamar de «pronto pasto espiritual» em alguns escritos da época, o que se traduzia pelo acesso aos sacramentos em capela daquela própria localidade, com atendimento permanente de um cura de almas aos fiéis. No mesmo dia em que se fez lavrar a escritura pública de doação em benefício de Nossa Senhora dos Remédios, o tenente-coronel Balduíno de Almeida Taques e o tenente José Gonçalves Guimarães, acompanhados de vários moradores de Tibagi, escolheram por votação o local em que se deveriam ser erigida a povoação e a capela em honra da Virgem Maria sob aquele título de devoção especial. O antigo altar-mor da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios foi declarado privilegiado por Dom João Braga, o então Bispo Diocesano de Curitiba, em 15 de abril de 1914. Para fins de edificar a capela, elegeu-se uma comissão, constituída de um juiz de paz, de um tesoureiro da padroeira e de um procurador. De imediato, a comissão pugnou providências junto ao Governo da Província de São Paulo, por intermédio da Câmara Municipal de Castro, para os necessários fins de construção, ornamentação e manutenção da pretendida capela. A iniciativa suplicante da comissão descrita acima fracassou. Por isso, conta a tradição que Anna Cardoza, a irmã mais velha de Manoel das Dores Machado e viúva de Francisco José da Cruz, saiu a cavalo de Tibagi até as localidades de Castro e Ponta Grossa para angariar donativos para a construção da almejada capela, com uma pequena imagem de barro sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios. Em seus pedidos de doações, Anna Cardoza recomendava a cada um dos contribuintes que osculasse a pequena imagem da Virgem Maria, dizendo-lhes: «vosmecê, beije a santa». A solicitação reiterada com a mencionada expressão levou-a a ser vulgarmente conhecida por «Anna Beje» ou, também, «Anna Beja». No ano de 1836, foi construída a capela curada de Nossa Senhora dos Remédios, com os 515$540 (quinhentos e quinze mil, quinhentos e quarentas réis), somados às contribuições angariadas por Anna Cardoza. Toda ela feita de madeira lascada de pinho e coberta de sapé (capim), em terreno de sua propriedade por doação legal. Informam as pessoas mais antigas de Tibagi, pelo que ouviram de seus antepassados, que a Capela foi construída onde é hoje a Praça Edmundo Mercer, atrás da atual Igreja Matriz e defronte ao Grupo Escolar Telêmaco Borba. Essa capela veio a ruir e desabar aos 29 de junho de 1858.A primeira matriz Em meados de 1851, chegou a Tibagi o primeiro pároco, frei Gaudêncio de Gênova, o qual já toma medidas para elevar a simples capela à uma digna paróquia. Na data de sua chegada, relata que a freguesia se encontrava apenas no nome. Depois de frustradas tentativas para levantar a igreja de terra socada e amassada, uma forma de construção muito comum na época, resolveu-se edificá-la de outro modo. No dia 28 de março de 1859, pôs-se a primeira pedra na construção da igreja, que, efetivamente, foi construída com pedras extraídas da beira do rio Tibagi e cal, trazida no lombo de mulas de Castro e Ponta Grossa. Em 25 de janeiro de 1863, inaugurou-se a igreja matriz, com a bênção solene e, à tarde, a introdução da imagem da padroeira no altar-mor.O imóvel de Nossa Senhora dos Remédios Hoje, a Igreja Católica local é proprietária de uma remanescente área de terras urbana situada à atual Praça Edmundo Mercer, neste município e cidade, perfazendo exatos 3.712,50 m² (nove mil, cento e dezesseis metros quadrados e vinte e cinco centésimos), com limites e confrontações constantes no respectiva matrícula imobiliária. A Igreja adquiriu gratuitamente a posse em 9 de janeiro de 1835 por meio de um contrato público de doação, que foi formalmente celebrado com os antigos possuidores Manoel das Dores Machado e Maria Gertrudes dos Santos. O doador Manoel das Dores Machado adquiriu o terreno como causa mortis de seu pai, o senhor Antônio Machado Ribeiro, que atendia pela alcunha de Machadinho - o primeiro posseiro de terras à margem esquerda do Rio Tibagi. Como sabido, Machadinho declarou sua posse sobre uma vasta extensão de terras e, observando a lei da época, registrou-a perante a autoridade civil, tomando-a, efetivamente, como sua em meados de 28 de junho de 1794. As terras de Machadinho estendiam-se entre os Rios Tibagi, Capivari e Santa Rosa, perfazendo cerca de 15 (quinze) mil alqueires paulistas. Com a abertura da sucessão de Machadinho, coube a Manoel das Dores a título de herança as terras depois doadas à Nossa Senhora dos Remédios, por meio de um longo e tumultuado processo de inventário e partilha de bens que, ainda, incluiu uma sobrepartilha. A intenção de doar as terras à Nossa Senhora dos Remédios foi inicialmente concebida por dona Antônia Maria de Jesus, que, já doente, havia fervorosamente prometido realizar a referida doação. Ela faleceu, todavia, sem que pudesse cumpri-la. Depois de algum tempo de viuvez, Manoel das Dores casou-se de novo e, também, decidiu cumprir a promessa de sua falecida esposa com sua, então, companheira – Maria Gertrudes de Assumpção, que passaria a assinar «dos Santos. As testemunhas Prudente de Anhaia Leite e Antonio Vicente da Cruz, tal como o capitão Simão José Gonçalves de Andrade que assinou a rogo pela doadora na escritura pública, eram moradores do antigo povoado. O mencionado capitão possuía um sítio na localidade que mais tarde veio a pertencer ao senhor Manoel Ferreira Ribas - que atendia pela alcunha de Nequinho, e a tornar-se um bairro da cidade. No tocante a referida doação, consta também o registro feito às fls. 3v e 4, do Livro do Tombo Nº 01, da Câmara de Vereadores do Município de Castro, em consonância com o já exposto.Igreja Matriz A igreja matriz idealizada e construída por frei Gaudêncio não mais comportava o número de fiéis que assistiam às missas, assim, em meados de 1936, pôs-se abaixo o edifício, construindo outro sob a administração do padre Francis Dotzler, CSsR. A atual matriz foi construída aproveitando as paredes laterais da antiga e erguendo duas torres na frente do templo religioso. No dia 20 de junho de 1943, foi inaugurada a nova igreja matriz dedicada à Virgem dos Remédios, durante as novenas e festejos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Naquela oportunidade, o padre Arthur Linch abençoou o novo templo e cortou a fita de inauguração na porta, e, em seguida, celebrou-se uma missa, havendo uma procissão com a participação dos movimentos religiosos, autoridades civis e demais paroquianos.CAPELAS:UrbanasCapela Mãe da Divina Graça, situada no Residencial Viverti;Capela Sagrada Família, situada no bairro de mesmo nome;Capela Santa Paula, situada no bairro de mesmo nome;Capela Santa Rita, situada no bairro de mesmo nome;Capela São José, situada no bairro de mesmo nome; eCapela São Pedro, situada no bairro Capivari.Rurais e distritaisAgudos - Capela Nossa Senhora Aparecida;Alto do Amparo - Capela Divino Espírito Santo;Arroio Grande - Capela Nossa Senhora Aparecida;Barreiro - Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro;Cachoeira - Capela Nossa Senhora de Lourdes;Caetano Mendes - Capela São Sebastião;Campina Alta - Capela São Sebastião;Capivari do Meio - Capela Santo Antônio;Cerrado Grande - Capela Bom Jesus;Faxinal dos Empossados - Capela São Pedro;Faxinal dos Mendes - Capela São João Paulo II;Iapará - Capela São Sebastião;Lavras - Capela Bom Jesus;Penha - Capela Nossa Senhora da Penha;Pinheiro Seco - Capela Santo Antônio;Pinheiro Seco - Capela São José;Rincão - Capela Nossa Senhora Aparecida;São Bento - Capela São Bento;São Domingos - Capela São Domingos;Serra Gaias - Capela São Sebastião;Vasto Horizonte - Capela Nossa Senhora Aparecida; eVila Rural - Capela Bom Jesus. Além das capelas acima indicadas, verifica-se a existência de outras sete na zona rural que estão inativas no momento, sendo elas: a Capela Menino Jesus (Assentamento Menino Jesus); a Capela Nossa Senhora do Carmo (Beraldos); a Capela Nossa Senhora Aparecida (Bom Jardim); a Capela São Sebastião (Bom Retiro); a Capela Imaculada Conceição (Conceição); a Capela Rainha da Paz (Rancho Alegre); e a Capela Nossa Senhora Aparecida (Xaxim).PÁROCOS: Frei Gaudêncio de Gênova, OFMCap. (1851-1871), Pe. Frei Dâmaso José Correia, OFMCap.(1873-1874), Pe. Pedro Del Gáudio (1875-1882), Pe. José Maria Tedeschi (1883-1885), Pe. Francisco Matheus Bonatto (1886-1894), Pe. Casemiro José Andrzejewski (1895-1899), Pe. Isidoro Gilmim (1900), Pe. Casemiro José Andrzejewski (1901-1907), Pe. Carlos Pedrezzani, PSSC (1908-1911), Pe. Henrique Adami, CSS (1912), Pe.Alexandre Grigoli, CSS (1913-1915), Pe. Ferruccio Zannetti, CSS (1916-1933), Pe. Marcos Simon, CSS (1934), Pe. Francis Dotzler, CSsR (1935-1939), Pe. Geraldo Noll, CSsR (1940-1942), Pe. Arthur Linch, CSsR (1943-1946), Pe. Roberto Coughlin, CSsR (1947-1951), Pe. Martinho Naerz, CSsR (1952-1957), Pe. Egídio Gardiner, CSsR (1958-1962), Pe. Miguel Lundy, CSsR (1963-1968), Pe. Geraldo Oberle, CSsR (1969-1975), Pe. Afonso Maggs, CSsR (1976-1977), Pe. Pedro Smyth CSsR (1978-1980), Pe. Carlos Eugênio Esker, CSsR (1981-1982), Pe. Estevão Vanyo, CSsR (1983), Pe. Wilton Moraes Lopes, CSsR (1984), Pe. Olímpio Júlio de Salles Mourão, Servos da Eucaristia (SE) (1985-1987), Pe. Carlos Scaltritti, SE (1988-1990), Pe. Casemiro Przepiura, Dioc. (1991-1993), Pe. Noé Borges Vieira, Dioc. (1994-1999) , Pe. Agostinho Rutkoski , Dioc. (2000), Pe. Jorge Casimirski , Dioc. (2000-2005), Pe. Nelson Bueno da Silva, Dioc. (2005-2013), Pe. Wellington de Almeida Marcondes, Dioc. (2013-2018), Pe. José Lauro Gonçalves Gomes, Dioc. (2018-2021), e Pe. Luiz Carlos Mirkoski, Dioc. (2021-atual.)PASTORAIS E MOVIMENTOS:Apostolado da Oração – Rede Mundial de Oração do PapaConselho para Assuntos Econômicos da Comunidade (CAEC)Conselho Pastoral da Comunidade (CPC)Filhas de MariaGrupo de Adolescentes – Conectados à chamaInfância e Adolescência Missionária (IAM)Legião de MariaMinistros Extraordinários da Comunhão e da Esperança (MECE)Movimento das Zeladoras de CapelinhaOficina de Santa RitaPastoral da CatequesePastoral da Comunicação (PASCOM)Pastoral da CriançaPastoral da EsperançaPastoral da FamíliaPastoral da LiturgiaPastoral da Vida ReligiosaPastoral do Canto LitúrgicoPastoral do DízimoPastoral do BatismoPastoral dos AcólitosPastoral dos AdolescentesPastoral dos CoroinhasPastoral SocialPastoral VocacionalRenovação Carismática Católica (RCC)Terço dos HomensORAÇÃO Ó Virgem bendita, nós Vos louvamos, sob o título, para nós tão querido, de Nossa Senhora dos Remédios.
Cada um de nós confessa que é um doente da alma mas, ao mesmo tempo, cada um de nós reconhece também que Vós nos destes Cristo, Remédio Universal para todo o pecado do mundo. Por isso, prostrados aos Vossos pés, suplicamos ardentemente que, pela Vossa intercessão, nos sejam aplicados os méritos infinitos da Redenção.
Confiamos na Vossa onipotência suplicante, pois sabemos que o Senhor pôs em Vossas mãos a distribuição dos favores celestes. Dizei-lhe, como Maria de Betânia, que está doente aquele a quem tanto ama.
Fazei descer sobre nós a graça divina, suficiente a cada estado de vida, e movei-nos a torná-la eficaz pela nossa fiel correspondência.
Tirai, Senhora, tirai deste tesouro inesgotável, que é o Coração do Vosso Filho, esta graça que com particular fervor Vos pedimos. Dai-nos que perseveremos docilmente, e até à morte, no Vosso amor e no do Vosso Filho Jesus, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina por todos os séculos. Assim seja.